"Pensávamos que o nosso futuro estava nas estrelas, hoje acreditamos que está nos nossos genes."

James Watson

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terça-feira, 2 de junho de 2009

O que são células estaminais?

As células estaminais são células extraordinárias cujo destino ainda não foi "decidido". Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de um processo denominado "diferenciação".

Nas fases iniciais do desenvolvimento humano, as células estaminais do embrião "diferenciam-se" em todos os tipos de células existentes no organismo - cérebro, ossos, coração, músculos, pele, etc. Os cientistas estão entusiasmados com a possibilidade de controlar o espectacular poder natural destas células para curar vários tipos de doenças. Por exemplo, as doenças de Parkinson e Alzheimer resultam de lesões em grupos de determinadas células no cérebro. Ao fazer um transplante das células estaminais de um embrião para a parte do cérebro com lesões, os cientistas esperam substituir o tecido do cérebro que se perdeu.

Num futuro próximo, a investigação das células estaminais poderá revolucionar a forma de tratamento de muitas "doenças mortais" como, por exemplo, acidentes vasculares cerebrais, a diabetes, doenças cardíacas e até mesmo a paralisia.

As atitudes relativamente à utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos variam de país para país. Na Alemanha, por exemplo, a remoção de células estaminais de um embrião humano é considerada ilegal.

Na Grã-Bretanha é legal mas, de acordo com regulamentos rigorosos, os cientistas britânicos podem utilizar embriões humanos para investigação até 14 dias após a fertilização. Nesta altura, o embrião é uma bola de células com cerca de um quarto do tamanho de uma cabeça de alfinete (0,2 mm).
Muitos países ainda não possuem leis claras que regulem a investigação de células estaminais humanas.

Uma vez que a utilização de embriões é uma questão controversa eticamente, os cientistas em todo o mundo estão à procura de outras fontes de células estaminais. As células estaminais encontradas na medula óssea dos adultos são uma possibilidade. Estas células têm o potencial para se "diferenciarem" em diferentes glóbulos vermelhos ao longo do ciclo da vida.

No futuro, os cientistas esperam manipular estas células estaminais adultas para que, em vez de produzirem apenas glóbulos vermelhos possam produzir células do cérebro, fígado, coração e células nervosas.


(http://www.bionetonline.org/portugues/Content/sc_cont1.htm)

DNA das crianças de Chernobyl apresenta mutações

Cientistas israelitas e ucranianos descobriram que o DNA das crianças nascidas em Chernobyl apresenta um "inesperado nível" de mutações.
As crianças nasceram depois da explosão da central nuclear, em 1986, e são filhas de pessoas que trabalharam no serviço de limpeza do reactor nuclear.
Segundo os cientistas, a descoberta é uma evidência de que pequenas doses de radiação podem causar várias mudanças no DNA humano e acabar por ser transmitidas a futuras gerações.
A pesquisa foi publicada no jornal científico britânico Proceedings of the Royal Society: Biological Sciences.
As crianças vivem hoje em Israel e na Ucrânia e foram concebidas depois de os pais passarem por testes para detectar mudanças no seu próprio DNA.
Os cientistas fizeram uma análise comparativa do DNA dessas crianças com o dos pais e dos seus irmãos nascidos antes da explosão. A comparação também foi feita com filhos de outras famílias, que não foram expostas à radiação.
Segundo os investigadores, houve "um inesperado aumento (de até sete vezes) no número de novos fragmentos de DNA" nessas crianças, em comparação com o DNA dos seus irmãos.
"Os resultados indicam que pequenas doses de radiação podem levar a várias mudanças no DNA humano, na linha germinativa", dizem os cientistas.
Esta linha é a colecção de genes que os pais passam para os seus filhos.
Os autores consideraram a possibilidade de as mutações no DNA terem ocorrido no organismo das próprias crianças. Mas eles rejeitaram essa hipótese porque o mesmo tipo de mutações não aconteceu com a mesma frequência no caso dos seus irmãos e das crianças de outras famílias que viviam na mesma região.

(In http://www.bbc.co.uk/2001/010509_chernobyl.shkml)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

6ª feira da Ciência



Na passada 6ª feira dia 8 de Maio, o grupo de Genética participou na "Sexta-Feira da Ciência" no nosso Colégio, o Colégio Nossa Senhora da Apresentação.

A nossa presença foi marcada com vários cartazes informativos, uma actividade laboratorial, bandas desenhadas sobre Organismos Geneticamente Modificados e um jogo didáctico sobre a Síntese Proteica.

Este evento foi uma boa oportunidade de divulgar o nosso trabalho e tivemos uma colaboração dos alunos muito positiva.




sexta-feira, 24 de abril de 2009

Genética é destino

Novos exames podem detectar doenças futuras em pessoas hoje sadias. A nova tecnologia permite revolucionar a medicina preventiva, mas também trouxe vários casos de abuso da privacidade. Começou a era da discriminação genética.
Já não é mais ficção científica. Exames podem detectar doenças futuras em pessoas hoje sadias. A nova tecnologia permite revolucionar a medicina preventiva, mas também trouxe vários casos de abuso da privacidade. Começou a era da discriminação genética.

Por Ricardo Bonalume Neto



O local é o consultório médico de uma grande indústria química americana, onde um operário interessado em trabalhar faz exame de sangue.
Depois que sai o resultado, ele é informado de que não será admitido, mas não lhe explicam o porquê. Motivo: dentro das células do sangue, o exame encontrou um gene anormal, que pode, quando menos se espera, disparar o mecanismo do cancro no seu corpo. Há muitas hipóteses de isso acontecer porque naquela indústria fica-se exposto a compostos de chumbo e benzeno, capazes de accionar o gene. A empresa não quer correr o risco de ter de pagar indemnização se o operário ficar doente.
Os exames genéticos estão se multiplicando velozmente porque a cada dia se aprende mais sobre os genes as receitas bioquímicas que comandam o funcionamento do organismo. Feitos de uma substância comum a todos os seres, o DNA, os genes carregam as informações necessárias à formação e ao desenvolvimento do ser vivo. Mas também comandam a destruição: todas as pessoas, sem excepção, trazem dentro dos genes pelo menos cinco ou seis que podem ser causa de doenças.
Ser portador de um gene patogénico, ou que produz doença, não é certeza de ficar doente. Cada pessoa tem um gene herdado do pai e outro da mãe; às vezes um cancela a acção negativa do outro. Ou então o gene indica apenas predisposição à doença.

Durante a Copa do Mundo de 1990, se achava que existiam algo como 4 000 doenças provocadas pelos genes. Na era do te-tra, calcula-se que elas sejam em número de 6 000. E a ciência já é capaz de dizer, pelo menos, em que parte do genoma, nome que se dá ao conjunto dos genes, se encontram as falhas fatais que conduzem a 1 000 doenças. Para metade dessas doenças, o defeito pode ser apontado ainda com mais precisão: em um dos 100 000 genes, aproximadamente, que compõem o genoma dos seres humanos (esse número é incerto: pode estar entre 50 000 a 150 000).
Em muitos casos, basta analisar o sangue de uma pessoa ou até fios de seu cabelo para saber se, dentro de suas células esconde-se uma doença. Os exames ainda são caros e difíceis de fazer, mas são rotina em vinte das 500 maiores empresas americanas, diz uma pesquisa encomendada pelo Congresso dos Estados Unidos. Mais de 250 empresas já demonstraram interesse em usar os testes, no futuro.
A certeza de que é inevitável a invasão da intimidade genética das pessoas cria dilemas éticos graves. Para as empresas, pode não ser aconselhável contratar alguém que vai cair doente no futuro, comprometendo sua capacidade de trabalho e o investimento que possa ter sido feito nele.


Super Interessante

sexta-feira, 20 de março de 2009

Como é transferido o fungo causador da caspa?

O fungo causador da caspa é transferido para escovas e pentes de cabelo? Numa piscina é possível que o fungo passe de um couro cabeludo para outro? A idéia de que um fungo seria o causador da caspa tem sido difundida, de forma equivocada, por meio de inúmeras propagandas de xampus anticaspa, resultando numa confusão de conceitos errôneos absorvidos pelo consumidor. Na realidade, a caspa, cujo nome científico é dermatite seborréica, é uma doença genética, transmitida dos pais para os filhos de forma hereditária. Não existe a possibilidade de transmissão de caspa por meio de pentes, escovas, toalhas ou ambientes públicos como piscinas, saunas, entre outros. Quem tem caspa, na verdade, já nasceu com ela. Dá para notar logo nas primeiras semanas de vida, quando o bebê apresenta descamação no couro cabeludo (crosta láctea) ou nas sobrancelhas, que esta criança é portadora de dermatite seborréica e poderá apresentar o problema durante diferentes fases de sua vida. O fungo que causa tanta confusão, cujo nome é pitirosporo, é um microorganismo residente, habitante natural de nossa pele. Ou seja, todas as pessoas, mesmo as que nunca tiveram caspa, podem ser portadoras deste fungo no couro cabeludo. O que ocorre é que na dermatite seborréica as condições locais de inflamação e descamação na pele fazem com que este fungo se desenvolva muito, o que por sua vez tende a agravar o problema. O uso de xampus antifúngicos diminui a inflamação local e reduz a população destes fungos, auxiliando no controle da caspa. Outros fatores que podem influenciar na piora da dermatite seborréica são o clima, a lavagem dos cabelos com água em altas temperaturas, o estresse e a ingestão excessiva de alimentos oleaginosos como amendoim e castanhas.

Airton dos Santos Gon, dermatologista.




MIRAGS

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

? Sabias que…

"Um casal de estatura média pode gerar crianças muito grandes ou muito pequenas. Este fenómeno relaciona-se com o facto de a altura depender da acção de quatro pares de genes, cuja combinação de alelos conduz a variações de estatura nas crianças. A altura, a cor da pele, a pressão arterial e o quociente de inteligência são traços quantitativos, que também dependem de diversos genes: trata-se de identidade poligénica."


"Medicina e Saúde" Circulo De Leitores

MIRAGS

Uma cebola sem lágrimas!

Cientistas da Nova Zelândia e do Japão criaram uma cebola que "não faz chorar", ao desligarem o gene responsável pela enzima que produz a reacção, noticia hoje a imprensa britânica. Um dos autores da investigação, Colin Eady, afirma que a descoberta poderá acabar com um dos maiores enigmas da cozinha, o da relação entre a cebola e as lágrimas. O instituto de investigação neo-zelandês Crop and Food recorreu a tecnologia australiana de silenciamento de genes neste projecto, que começou em 2002, depois de cientistas japoneses terem identificado o gene responsável pela produção da enzima lacrimogénea.
"Pensávamos que o agente lacrimogéneo era produzido espontaneamente pelo corte das cebolas, mas eles (os cientistas japoneses) provaram que era controlado por uma enzima", referiu Eady. A enzima é libertada com o corte da cebola e desencadeia uma cadeia de reacções químicas de que resulta a formação de um irritante que estimula as glândulas lacrimais dos olhos e provoca as lágrimas. "A tecnologia de silenciamento de genes cria uma sequência que desliga o gene indutor das lágrimas na cebola, impedindo-o de produzir a enzima", explicou. O cientista reconheceu que o sabor do bolbo poderá ser afectado pela alteração da sua composição genética, mas espera que possa ser melhorado numa fase posterior da investigação. "O que esperamos é ter essencialmente muito dos aromas agradáveis e doces das cebolas, sem o amargo associado ao factor lacrimogéneo", adiantou. Mas apesar da expectativa que a descoberta possa criar no público, a maioria dos cozinheiros terá de esperar 10 a 15 anos para poder picar cebolas sem chorar, preveniu o cientista.


MIRAGS